Dissertação de Mestrado
Autoria: Roberto Fava Scare
Dissertação de Mestrado
Autoria: Roberto Fava Scare
Dissertação de Mestrado
Resumo: A pesquisa explora as razões que levam as firmas a manterem arranjos institucionais simultâneos como estratégia de distribuição e escolha de seus canais. As análises são focadas nos arranjos institucionais, que determinam como os agentes envolvidos cooperaram no desenvolvimento de uma determinada atividade, neste caso, na distribuição de ovos. A Economia dos Custos de Transação e a Teoria de Competências Dinâmicas formam o principal arcabouço teórico utilizado neste estudo para analisar os mecanismos de escolha e desenho dos arranjos institucionais. A definição desse arranjo institucional deriva-se da estrutura de governança proposta por Williamson (1985), adicionada de outros incentivos e consideradas as competências dinâmicas definidas por Teece et al (1997). Foram formuladas hipóteses para orientar o trabalho empírico com base na literatura sobre múltiplos arranjos institucionais em redes de franquias, em sistemas agroindustriais e em canais de distribuição. O desenvolvimento da pesquisa aplicada consistiu de três estudos de caso. A seleção das firmas foi pautada na diversidade de origem da empresa, de seu foco de atuação e de sua escala de operação, com o objetivo de garantir uma relevância qualitativa aos casos apresentados. A análise do perfil das firmas e do seu ambiente competitivo e institucional permeou os estudos de caso. Destaca-se a perspectiva histórica adotada na condução dos casos, em atendimento à abordagem de competências dinâmicas, conciliada com os conceitos de custos de transação. Foram apontadas possíveis explicações para o estabelecimento de arranjos institucionais em múltiplos canais de distribuição. O problema da assimetria de informações, que é apontada como uma das razões na literatura sobre múltiplos arranjos institucionais, permeou os casos apresentados nesta pesquisa. O aproveitamento de externalidades positivas entre os arranjos ao longo do tempo, contribuição deste estudo, soma-se ao conjunto de explicações da literatura. As duas abordagens teóricas propostas complementam-se na análise das estratégias nos canais de distribuição, que segue a racionalidade de maximização de valor neoclássica.
Autoria: Fabio Matuoka Mizumoto
Dissertação de Mestrado
Resumo: Este trabalho desenvolve um levantamento dos principais aspectos relacionados à gestão e planejamento dos canais de distribuição e seu desenvolvimento como sistemas verticais de marketing, sendo sua gestão uma possível fonte de vantagem competitiva para a empresa. O objetivo do trabalho foi propor um sistema de análise da captura de valor nos canais de distribuição com base nos fluxos de marketing, a partir de levantamento bibliográfico e do estudo de alguns modelos, teorias e sistemas que consideram a execução dos fluxos de marketing e agregação de valor como determinantes do nível de serviços do canal. Os tópicos abordados foram a importância dos canais de distribuição e dos intermediários no processo de trocas, as produções de serviços e os fluxos de marketing desempenhados pelos membros do canal, a estrutura e a eficiência dos canais de distribuição, as questões de poder e conflito que envolvem os relacionamentos interorganizacionais e a agregação e captura de valor nos canais de distribuição. O sistema foi desenvolvido para servir como ferramenta no processo de planejamento de canais e utilizou o referencial e autores clássicos a respeito do tema proposto e contempla as seguintes etapas: (1) ponderação e pontuação dos fluxos de marketing para o canal e a divisão das atividades entre os membros do canal para cálculo da participação normativa nos lucros do canal; (2) levantamento de informações de custos e margens brutas dos membros de canal para comparação da participação real nos lucros do canal com a participação normativa; e (3) análise dos resultados e implicações para gestão e planejamento dos canais de distribuição. O sistema proposto foi, então, aplicado em duas empresas, uma no segmento alimentação animal e outra no mercado de bens de consumo alimentares, com foco nos canais estruturados para atendimento a varejistas. Pôde-se com essa aplicação verificar algumas vantagens e limitações do sistema como ferramenta para análise e planejamento dos canais de distribuição. Desse modo, apresentou-se como resultado um sistema de análise e avaliação de canais que pode ser utilizado por qualquer empresa com canais convencionais de distribuição, sendo que, em alguns casos, pode ser necessário algum ajuste ou adaptação às especificidades da empresa ou do setor.
Autoria: Marcos Fava Neves
Dissertação de Mestrado
Resumo: O Protocolo de Quioto foi ratificado em Fevereiro de 2005 e com isso um mercado que vinha caminhando sem regras formais, contando com o pioneirismo de algumas empresas interessadas em aprender a lidar com esta nova commodity e preocupadas com a sua imagem corporativa, passou de fato às vias da formalidade. Assim, uma vez que o mercado de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) possui um arcabouço institucional estabelecido, é interessante estudar com base na Economia dos Custos de Transação (ECT), como os custos de transação induziram modos alternativos de governança, em particular os contratos entre empresas proponentes de projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) e os canais de comercialização constituídos por organizações multilaterais. E esse estudo, conforme as recomendações de Williamson (1993; 1991; 1985), foi feito analisando as características das transações em termos de especificidade de ativos, freqüência e incerteza, dados os pressupostos comportamentais dos agentes (racionalidade limitada e oportunismo). Para tanto, a pesquisa lançou mão do método do estudo de caso para obter informações privadas sobre as transações de RCEs, e seus respectivos contratos, entre as empresas brasileiras e uma organização multilateral, o Banco Mundial. Um resultado é que, diferente das relações via mercado, as empresas brasileiras se beneficiaram – em termos de redução dos custos de transação – da transação de RCEs (via contrato) com o Banco Mundial, já que este exerce todas as funções de um típico canal de distribuição, exceto a de aquisição dos direitos de propriedade sobre os créditos.
Autoria: Marco Antonio Conejero
Dissertação de Mestrado
Resumo: Quais os determinantes da escolha do arranjo contratual nas transações entre produtores e processadores de carne bovina no Uruguai? A pergunta problema se insere no estudo dos mecanismos de coordenação associados ao problema do controle da produção para dar respostas às novas preocupações e demandas dos consumidores. A coordenação do sistema agroindustrial (SAG) da carne bovina uruguaia adquire maior relevância, não apenas para dar garantias de produtos seguros e com atributos específicos de qualidade aos consumidores, mas também para reagir rapidamente frente a mudanças e para explorar as oportunidades que o acesso a mercados de alto valor oferece (exporta-se 75% da produção). Coexistem diversos arranjos contratuais, dentre os quais o arranjo direto e via intermediário são os dominantes. Abordagem teórica: Economia dos Custos de Transação que focaliza a compreensão dos motivos que explicam a emergência e adaptação de arranjos contratuais em resposta aos desafios de ganhos de eficiência “economizando” nos custos de realização das transações entre os agentes econômicos. Método: Foram analisadas as mudanças no ambiente institucional e organizacional nos mercados finais e no Uruguai; as novas oportunidades e estratégias no SAG da carne bovina; e o SAG uruguaio desde o consumo à produção. De modo particular, analisou-se a transação produtor-processador no que se refere aos arranjos contratuais existentes e às dimensões da transação (especificidade dos ativos físicos e humanos envolvidos na produção e processamento, locacional, freqüência e incerteza). Foram identificados os determinantes da escolha dos arranjos contratuais dominantes (direto e via intermediário). Por último realizou-se um teste estatístico das relações causais identificadas com painel de dados do total das transações realizadas no Uruguai (77.000 transações, 2004/2005). Resultados: Encontrou-se relação estatisticamente significativa entre a escolha do arranjo contratual na transação produtor-processador e os determinantes identificados. Uma transação tem maior probabilidade de se alinhar com o arranjo contratual direto (mais coordenado) quanto maior o grau de especificidade dos ativos envolvidos na produção e processamento do produto transacionado (ex.: novilhos precoces), quanto menor a distância entre o produtor e o processador, e quanto maior a freqüência das transações entre as partes envolvidas. O arranjo contratual direto facilita a coordenação das transações que envolvem produtos com atributos de maior qualidade. Os intermediários apresentam vantagens em transações de produtos genéricos (menor grau de ativos específicos) e com baixa freqüência de transação entre o produtor e processador envolvido. A busca por qualidade envolve investimentos específicos na produção e processamento e, em conseqüência, maior dependência bilateral entre os agentes dessas atividades. A dinâmica do SAG e o negócio da carne bovina dependem de dois conjuntos de produtos -baixa e alta qualidade- ligados a mercados diferentes. O subsistema que orienta as estratégias na busca de produtos de maior qualidade envolve arranjos mais coordenados. Do presente trabalho decorrem implicações para os atores do SAG e para as políticas públicas setoriais em torno a uma “estratégia país” com foco em produtos cárnicos de alta qualidade e valor.
Autoria: Mario Mondelli
Tese de Doutorado
Resumo: A presente tese objetivou analisar a questão do financiamento da produção agrícola à luz dos preceitos da Nova Economia Institucional, por meio do entendimento de que os contratos de crédito agrícola são formas híbridas de governança em resposta à complexidade das relações que ocorrem na cadeia agroindustrial e ao ambiente institucional vigente (regras do jogo). As pesquisas conduzidas para esta tese diferem da abordagem da economia tradicional que analisa a transação de crédito de forma isolada, focalizando aspectos da precificação do crédito e considerando um mundo em que os custos de transação são nulos. A análise desenvolve-se em três estudos críticos do sistema de financiamento da produção agrícola. Os dois primeiros estudos constituem pesquisas qualitativas exploratórias na medida em que buscam compreender as regras do jogo do financiamento agrícola por meio da coleta de percepções dos agentes econômicos atuantes. O primeiro estudo permitiu evidenciar três aspectos institucionais que afetam a forma como os agentes transacionam. O primeiro aspecto diz respeito à evolução dos contratos como resposta a três desafios centrais: i) a retirada gradual do recurso controlado pelo governo; ii) a conseqüente entrada de empresas privadas no mercado de crédito por meio do trade credit e iii) a necessidade de adaptar o contrato de crédito às incertezas judiciais e à ausência de um sistema consolidado de seguros agrícola e de crédito. O segundo aspecto refere-se aos sistemas de informações sobre tomadores e o registro de garantia, que não conferem segurança ao credor dada à descentralização dos órgãos de registro de garantias e a inexistência de um sistema que centralize informações sobre os contratos de crédito rural e esteja disponível a todos os credores. Por fim, o terceiro aspecto remete ao recorrente processo de renegociação das dívidas agrícolas. Os agentes reagem, negativamente, ao endividamento o que acarreta prêmios de risco nas taxas de juros, presença de filtros criteriosos para a seleção de tomadores e requisição de garantias reais acessórias aos contratos de crédito. Por outro lado, ainda que os problemas persistam, os agentes reagem para reduzir as incertezas por meio do compartilhamento de riscos em arranjos contratuais interdependentes. As evidências desse estudo conduziram a indagações sobre o funcionamento das formas contratuais existentes para o financiamento agrícola no Brasil. Uma vez que as transações são afetadas pelas regras do jogo do ambiente institucional, objetivou-se estudar os arranjos em um mercado de crédito desenvolvido a fim de realizar análises comparadas. Dessa forma, o segundo estudo permitiu uma investigação sobre os arranjos para financiamento agrícola no Brasil e nos Estados Unidos. Notou-se, nos dois países, uma multiplicidade de arranjos híbridos caracterizados pela interdependência entre os agentes e as incertezas relativas à transação. O estudo evidenciou, ainda, as percepções dos agentes econômicos sobre o funcionamento dos contratos nesses mercados. No Brasil, a percepção de um sistema jurídico fraco para recuperação do crédito associado a sistemas de informação descentralizados, faz com que os agentes credores se previnam ex ante por meio da adoção de salvaguardas contratuais e do uso de mecanismos para a seleção dos tomadores de menor risco. Nos EUA, a funcionalidade dos sistemas judiciais e a existência de sistema de informação centralizados a que todos os credores têm acesso acarretam em um mercado de crédito desenvolvido em que os contratos são cumpridos. Ambos os estudos contribuíram para formular hipóteses sobre os determinantes do financiamento agrícola. Tais hipóteses são testadas no terceiro estudo por meio de modelo econométrico aplicado a uma base de dados coletada com 107 produtores de soja no Brasil. Os resultados demonstraram que o tamanho da propriedade é um elemento determinante nas transações de crédito entre produtores e agentes da cadeia agroindustrial. O relacionamento com banco público e a safra futura dada em garantia pelo produtor não se mostraram elementos relevantes na análise dos determinantes dos arranjos contratuais.
Autoria: Luciana Florêncio de Almeida
Tese de Doutorado – 2008
Resumo: O desenvolvimento do complexo agroindustrial da soja no Brasil deu-se, em parte, como decorrência do surgimento de formas alternativas de crédito, tal como a venda antecipada de soja por meio de contratos. O problema que motivou este estudo foi decorrente das quebras contratuais por parte dos produtores rurais em um momento de expressiva alta do preço e suas conseqüentes disputas judiciais. Foram realizadas análises descritivas e econométricas (PROBIT) sobre 161 decisões judiciais do Tribunal de Justiça de Goiás e uma pesquisa quantitativa com 70 produtores rurais. O estudo tem como hipótese central que o ambiente institucional deficiente eleva custos de transação e reduz o desenvolvimento econômico. Os testes realizados entre decisões judiciais de primeira e segunda instância (Apelação) indicaram larga dispersão, bem como entre decisões no mesmo nível: em comarcas do interior alguns resultados foram 100% favorecendo a manutenção dos contratos e outros exatamente o contrário. Da mesma forma, a análise das decisões de Apelação revelou a diversidade de entendimento das turmas julgadoras entre as Câmaras Cíveis. No entanto, a probabilidade de o contrato ser mantido aumentou ano após ano e uma das variáveis significantes foi a primeira decisão do STJ sobre esse conflito, favorável à manutenção dos contratos. Os impactos das decisões jurídicas no ambiente econômico podem ser percebidos, como a maior exigência de garantias e a redução do número de contratos. Os produtores que não quebraram seus contratos também foram negativamente afetados com as novas estratégias adotadas pelas empresas compradoras de soja. As empresas ficaram receosas de negociar, uma vez que não puderam contar com a segurança jurídica de que o contrato seria cumprido. O uso do conceito de função social dos contratos gera neles um alto grau de instabilidade, portanto, os custos de transação aumentaram para todos os agentes, bem como a importância de sanções econômicas.
Autoria: Christiane Leles Rezende de Vita
Editora: Pioneira Publicação: 2010 Edição Esgotada
Autoria: Decio Zylbersztajn ; Marcos Fava Neves
Cadernos Universidade do Café – 2003
Autoria: Samuel Ribeiro Giordano;Christiane Leles Rezende de Vita
Cadernos Universidade do Café – 2005
Autoria: Samuel Ribeiro Giordano;Christiane Leles Rezende de Vita